Fala galera! É com muito prazer que apresento a vocês a banda de rock-pop SENHORITAS, uma banda que não canso de escutar e a qual tenho um carinho muito grande. Ah, antes de mais nada, quero advertir que o fato de eu ser irmão da baixista da banda, e os elogios exagerados ao longo do post não passam de mera coincidência ok?
Dividi esse post em 4 partes: a primeira parte na verdade é uma descrição roubada descaradamente do perfil das Senhoritas no Orkut (é que tá muito bem feita); a segunda parte destaca minha opinião e ligação com a banda; a terceira parte possui na íntegra o review exclusivo do álbum Vontade de Gritar, com todas as músicas comentadas; a quarta e última parte inclui os principais links das Senhoritas na internet. Espero que gostem!
SENH♀R♪TAS: “Charme feminino e boa música: a mistura perfeita”
(Por Walesca Maranhão)
Walesca soltando sua "vontade de gritar"
A banda de rock-pop campinense Senhoritas faz parte do cenário musical paraibano há aproximadamente 10 anos. A idéia do grupo consiste em trazer para o público um som diferenciado, com mulheres não só à frente dos vocais, mas também à frente dos instrumentos, expressando através do rock o complexo universo feminino.
Quem foi que disse que mulher não sabe tocar guitarra?
Embora as Senhoritas tenham bebido do melhor do rock mundial, suas principais influências são The Cranberries, Alanis Morissette, U2, Rita Lee e Barão Vermelho. Contudo, a banda apresenta um estilo original em suas músicas próprias, diferente do que tem se ouvido na cena rock atual.
Mariana, a melhor baixista do Mundo! Linda demais! É minha irmã!!!
Fortaleza (CE), Teresina (PI), Boa Vista (PB), Patos (PB), João Pessoa (PB), Recife (PE), Natal (RN) e São Paulo (SP) são alguns dos lugares onde o grupo já se apresentou. Abriram shows de artistas como Charlie Brown Jr., Detonautas, Marina Lima, Jorge Versilo e Kid Abelha, e participaram do IX FENART (Festival Nacional de Artes - João Pessoa - PB), bem como do XXVIII Festival de Inverno de Campina Grande - PB.
Sara botando pra arregaçar na bateria. Ela tem essa cara de malvada, mas é gente boa
Em 2003, a MTV levou ao ar, pelo quadro SONORA MTV, um vídeo gravado em um dos ensaios da banda. A Senhoritas também foi destaque na Revista Playboy por meio da coluna musical NOVO SOM DA PLAYBOY, na edição de abril 2004, além de ter participado de inúmeras reportagens de jornais locais, televisionados e escritos ao longo deste tempo.
Fãs alucinados, embalados ao som das Senhoritas
Seus shows alternam entre apresentações com um repertório que mescla músicas atuais e versões de clássicos do rock com seu som autoral, e outras de repertório predominantemente autoral.
Wal, Sara e Mara: amigas e roqueiras
Em abril de 2010, as Senhoritas lançaram o seu primeiro álbum, intitulado Vontade de Gritar que já está à venda e contém 14 canções inéditas e de autoria própria, reproduzido em formato SMD. Para a realização deste projeto, a banda obteve recursos provenientes do FUMIC (Fundo Municipal de Incentivo à Cultura) pela prefeitura de Campina Grande - PB. O álbum “Vontade de Gritar”, está disponível para aquisição pelo público por apenas R$ 5,00.
Esse é pra colar com superbonder no CD-player: viciante
As Senhoritas são: Waleska Maranhão (voz, guitarra e gaitas), Mariana Pontes (contrabaixo e backvocal) e Sara Cruz (bateria e backvocal).
Eu e Elas
O brasileiro é machista por natureza, e como todo brasileiro machão eu não posso fugir dessa regra, certo “tchê”? Quem daqui nunca enxergou a guitarra como um “instrumento” anatomicamente masculino? O rei da guitarra seria por acaso uma mulher? Desde quando mulher sabe tocar guitarra? Pois é, mente pequena... a vida mostrou que eu estava completamente equivocado, afinal, há tempos que as mulheres dominaram esse mundo!!!
Eu tocava com minha irmã Mara em nossa banda Venera, porém, fui estudar longe, a Venera terminou e Mara entrou como baixista numa pretensiosa banda feminina de rock-pop chamada Senhoritas, liderada por uma tal de Wal. Eu, então irmão da baixista (entenda como amigo VIP ok?), sempre estive por dentro das músicas e planos das Senhoritas, muitas vezes atuando como pitaqueiro-chato-pseudo-produtor, colaborando mais com delírios de grandeza do que com a música da banda em si.
Confesso que, logo no início, apesar de curtir o som da banda, achava um tanto infantil e melancólico. Os anos foram se passando e com eles vieram o amadurecimento nas composições, nas técnicas instrumentais e na visão de futuro. Acredito que um dos fatores decisivos para essa evolução da banda foi a união de Wal e Mara, talentos natos, díspares, porém consolidados em busca de um objetivo comum: fazer rock de qualidade com liberdade.
De nada adiantaria todo esse talento se não houvesse pessoas competentes para lapidá-lo: os produtores André Victor e Giordano. Esses dois profissionais foram responsáveis por vários arranjos do álbum sem descaracterizar o som das Senhoritas. Outro mérito da dupla foi a qualidade da gravação e da mixagem.
Uma das razões que motivaram esse tópico foi o fato de que acompanhei à distância todo o processo de idealização e gravação do primeiro álbum das Senhoritas, com empolgação e ansiedade. Sob juramento, tive acesso às gravações das bases, antes dos vocais e posteriormente às versões definitivas em meados de outubro de 2009. Foi um momento de grande satisfação e que me marcou profundamente. Minha impressão do álbum Vontade de Gritar, (destituída de linguagem técnica), pode ser conferida abaixo.
Review: SENHORITAS - Vontade de Gritar
Extra, extra! O blog lulavenera, orgulhosamente, trás ao mundo com exclusividade o primeiro review do álbum Vontade de Gritar das Senhoritas! (Bah, não agüentei, sonhei que começaria o review assim... hehehehe)
Dureza é depender da boa vontade dos correios para receber as coisas... assim sendo, ainda não tive o "hands-on" externo do CD das Senhoritas, previsto para chegar nos pampas gaúchos nessa semana. Apesar desse contratempo, as fotos divulgadas no Orkut das Senhoritas falam por si só e comprovam o acabamento primoroso. O surpreendente é que toda a parte do tratamento de imagens, o logo e a montagem do CD foi feita pelas próprias Senhoritas. Isso significa que R$ 5,00 não cobre nem o custo de fabricação do CD. Para as Senhoritas o importante agora é a divulgação.
Acabamento de luxo no primeiro CD: só pra quem pode né...
Caramba! Dá vontade de ter dois: um pra curtir e outro pra enfeitar a casa. Ficou lindo!
Poster com todas as letras. Agora é só pegar o violão e mandar ver...
Ok, sem mais conversa. Vamos às músicas:
1 – Vontade de Gritar
Música que dá nome ao álbum é também uma das mais antigas e executadas pela banda. Destacam-se as guitarras sobrepostas e o peso. Sem dúvida, uma excelente abertura para o disco. Pessoalmente, interpreto essa música como o desejo de expor pro mundo o som das Senhoritas, principalmente por se tratar de uma banda de rock feminina surgida na Paraíba, lugar inóspito ao estilo. Não que não exista roqueiros na Paraíba, mas sabemos o quanto é difícil ser roqueiro longe de centros como São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba, Porto Alegre. Ótima música de abertura, agora com um solo visceral.
2 – Confesso
Típica segunda música de um disco de rock, menos pesada que a primeira, mas mantendo o clima agitado do disco. Com algumas mudanças de ritmo bem bacanas “...todos os dias, tenho certeza, eu não consigo mais controlar... sentimentos tão fortes, não me reconheço maaaaisss...”. Lembra um pouco algumas músicas do seriado Malhação. Globo, ó “nóis” aqui!
3 – Não é imaginação
Praticamente uma homenagem à Dolores O’Riordan, da banda finlandesa The Cramberries. Acho que é a banda preferida de Wal, pois a influência no estilo dela compor e cantar é notável. A diferença: backing vocals certeiros, um som mais pesado e um solo de guitarra que lembra as músicas do Cazuza.
4 – Dias Opacos
Falar de uma música que quase me faz chorar é bem difícil. A primeira vez que escutei essa música não prestei muita atenção, depois viciei e sempre escuto o disco começando por ela. Pianos, vocais maravilhosos, efeitos modernos de guitarra (estilo Frejat), quebradas de ritmo, assobios à la “Patience” do Guns’n’Roses e um solo de guitarra melodioso e profundo. Letra foda, simples e direta, fala de solidão e dos “dias que passam opacos...”. Sempre, sempre mesmo, quando escuto os trechos “tá tão frio aqui... sem seu abraço noturno pra me dissolver...” e “é tão difícil amanhecer... e não ter você... pra me despertar...”, me arrepio todo, até os cabelos da nuca. Acho que o fato de tê-la escutado quando estive estagiando em São Carlos, longe de minha esposa, me marcou profundamente e me apeguei a essa música. Sem mais palavras, vocês me conquistaram!
5 – No Meio da Estrada
Se eu fosse escolher uma única música para promover o disco, certamente seria essa. No meio da estrada tem uma introdução sensacional, arrebenta tudo e devolve ao ouvinte o clima agitado do disco. “Ok, ainda estou respirando... desde que você se foi, levando embora quem fui...”, me provocaram um sorriso no rosto e aquela sensação: porra, elas conseguiram, Deus as abençoe, pois estão prontas para o sucesso! Sem exagero, essa música sintetiza o disco. O ritmo da bateria lembra um pouco “Fly Away” de Lenny Kravitz (praticamente é um show à parte), levadas diferentes, vocal orgástico de Wal, tudo muito profissional. Single Bell, single Bell... hehehe... primeiro single disparado! Ponto.
6 – Nada vai mudar
Uma grande sacada uma balada logo depois de uma música agitada. Essa é a típica música de ouvir no carro, no ônibus, com seu amor, enfim, cumpre seu papel de música romântica, com destaque para a nuance diferente num dos refrões, abrindo espaço para um solo de guitarra agressivo para depois voltar ao refrão “eu sei... que nada vai mudar, que nada vai voltar, tudo está em seu lugar...”. Muito boa!
7 – Tanto Faz
Essa é das antigas, uma das primeiras músicas das Senhoritas que escutei, ainda do tempo do CD-demo da banda. Pra quem já conhecia essa música, ficou evidente que amadurecimento é uma coisa que só o tempo e a experiência trazem. Da mesma forma que “Não é Imaginação”, “Tanto Faz” lembra bastante o estilo do The Cramberries, com direito aos tchu-ru tchu-ru e tudo mais.
8 – Outubro sem Você
Aqui, o ouvinte se depara com um momento acústico mais climático, mas quando vai se acostumando... entram novamente as guitarras pra pesar o som. Um diferencial dessa música é o vocal de Mari, mais grave e deixando o álbum mais variado. Não queria que soasse como auto-promoção, mas é preciso comentar... compus essa música para marcar um momento da vida de Mari, mas jamais imaginei que elas um dia fossem gravá-la. O que elas fizeram foi transformar pedra em diamante, tamanha a diferença da primeira versão. Pra mim, uma honra participar de um álbum ao lado de tantas músicas incríveis.
9 – A Saída
Quando se juntou a psicodelia de Mari com a técnica de Wal o resultado foi essa música. Pra vocês terem idéia, na época da minha banda Venera, eu pensava em fazer uma “The Battle of Evermore” do Led Zeppelin, mas o resultado das Senhoritas foi muito melhor: slides de guitarra, clima tenso, ataques maciços de bateria, baixo e guitarra durante o refrão. Uma das músicas mais diferentes do álbum!
10 – Mudanças de Opinião
Uma das antigas da banda e que por incrível que pareça eu não curtia muito, pois antes soava um pouco infantil. E agora? Uma das minhas preferidas... hehehe. Pudera, elas eletrizaram a música, ficou mais punch, porém conservando seus diferenciais: solos de gaita (harmônica) e backing vocals perfeitos! Viu, conseguiram “mudar minha opinião”.
11 – Meu Mundo
De longe a música mais pesada do álbum, guitarras ensurdecedoras, baixo robusto e uma bateria ditando o compasso na pancada. Uma letra raivosa, um refrão cheio de contratempos e um solo de guitarra desesperado. Pra mim foi outra grande surpresa, pois quando eu escutava Mara tocando essa música no violão pensava “pronto, baixou a Ana Carolina no quarto”. Essa música se tornou um vulcão cuspindo lava, um soco do George Foreman, ou alguma coisa parecida.
12 – Ela já não Sabe
Uma das músicas mais criativas, diferentes e dançantes do disco. “Ela já não Sabe” lembra vagamente os balanços de “Bete Balanço” do Barão Vermelho e de “À Francesa” da Marina Lima. O riff básico lembra também algumas levadas funk que o Led Zeppelin usava pra homenagear o James Brown. As seqüências de acordes e bases mudam bastante ao longo da música, tornando-a bastante variada, com destaque pra o swing antes do solo virtuoso que seguiu no mesmo espírito da música. Nota 10 estrelado!
13 – Tudo O que Restou
Já imagino o mar de fãs agitando as mãos para um lado e para o outro durante essa música. Sabe aquele tipo de música que se ouve comumente em finais de filmes, de seriados, quando o bem venceu o mal e tá tudo resolvido? É exatamente a sensação que tenho quando escuto “Tudo O que Restou”. Com uma introdução maravilhosamente orquestrada por gaita e guitarra, com uma letra e voz suaves e harmoniosas, backing vocals preenchendo o ambiente, refrão que fica na cabeça. Bem que essa música podia fechar o disco, deixando aquela sensação de saudade. Emocionante, arrepia as penugens...
14 – O Que Aconteceu
Uma música mais calma com um vocal de lamento e arranjos de guitarra bem no estilo The Cramberries, com exceção do wah-wah. Um dos destaques são os arranjos de baixo, que parecem “brincar” com a música, mas que deixaram um clima cadente e intimista. Na minha opinião “Tudo O que Restou” fecharia melhor o disco, assim como os shows, deixando aquela energia positiva no ar. Mas não tem problema, é só programar o CD player que vai ficar tudo perfeito!
É isso galera, estamos chegando ao fim do álbum Vontade de Gritar... e a pergunta que não quer calar é a seguinte: quando as Senhoritas lançarão seu segundo álbum?
Meninas, vocês estão de parabéns! Merecem todo o reconhecimento desse mundo, pois trabalham em prol de um sonho comum. Tenho certeza de que esse álbum marcará uma trajetória de sucesso. Esses são os meus votos!
Festival de Links
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Existem vídeos das Senhoritas? Sim, mas a banda deixa claro de que são apenas vídeos amadores e preliminares. Em breve poderemos conferir clipes oficiais http://www.youtube.com/senhoritas
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