quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Capricorn One



A primeira vez que vi falar de Capricorn One me assustei, pois sempre tinha sonhado com um filme assim. Depois de assistir ao filme me intriguei no porque que ele não foi um tremendo sucesso e quase ninguém o conhece.


Capricorn One é de 1978, escrito e dirigido por Peter Hyams (Outland, Timecop) e estrelado por Elliot Gould, James Brolin, O. J. Simpson (sim, aquele mesmo que matou a mulher e o amante dela), dentre outros atores.



O roteiro do filme é excepcional: a NASA planeja um vôo tripulado para Marte, no entanto, por razões políticas e financeiras e com uma tecnologia aquém da necessária, ela decide forjar o pouso em Marte através de filmagens feitas num estúdio simulando o ambiente marciano. Logo no início, os astronautas são retirados às pressas do módulo de comando do foguete (idêntico ao Saturn V que levou o homem à Lua) e mantidos numa instalação militar, onde ficam sabendo e são coagidos a participar da farsa sob a ameaça de morte que é feita às suas famílias.



O foguete foi lançado e a nave em órbita transmite dados previamente gravados, que são acompanhados na Terra pelos técnicos da NASA, também enganados. Um desses técnicos percebe uma anomalia, mas é repreendido pelo chefe de operações (que também é principal responsável pela farsa). Indignado, o técnico comenta com o amigo jornalista Robert Caulfield, que dias depois ao procurá-lo, descobre que não apenas o técnico desapareceu, como todo seu registro foi eliminado pelos agentes do governo. Investigando o caso, o jornalista fica sob a mira do governo, sofrendo atentados e prisão.





O pouso em Marte é forjado num estúdio, mas recebido pelo mundo como um milagre tecnológico e como uma prova do progresso dos EUA. Também forjado, o vôo de volta é televisionado mostrando uma conversa entre o astronauta Brubaker e sua esposa na Terra. Essa cena é chave no filme, pois Brubaker faz um comentário fútil e desconexo, que mais tarde é interpretado pelo jornalista com o auxílio da esposa do astronauta como um meio desesperado para dizer que tudo não passa de uma encenação.



Para esconder a farsa e manter a glória da missão intacta, o chefe de operações da NASA vai a público e declara que os astronautas morreram durante a reentrada do módulo de comando na atmosfera. Os astronautas ainda mantidos em cativeiro começam a questionar a demora para serem liberados e enviados para fingir o resgate em auto-mar. É aí que cai a ficha: “nós estamos mortos”. Dá-se início a fuga dos astronautas num pequeno avião e em seguida uma das perseguições mais eletrizantes que já vi em filmes. Com a falta de combustível, os três astronautas pousam e seguem direções diferentes, caçados com a mesma intensidade. Neste meio termo, o jornalista Caufield descobre o local onde a farsa foi filmada e acha um emblema do astronauta Brubaker, confirmando suas investigações. Ele também descobre que o governo está patrulhando uma região próxima e com ajuda de um piloto de avião agrícola parte para salvar os astronautas.



Bem, a perseguição é alucinante, bem como a luta dos astronautas pelas suas próprias vidas. Não vou contar o final pra não perder a graça. Espero que vocês assistam e se divirtam com esse filme excepcional.


Avaliação Pessoal
Roteiro: 10
Direção: 9
Atuação: 8
Visual e Som: 7

Chamada: dosagem perfeita de conspiração e ação
Onde encontro: baixei esse filme pelo sistema P2P torrent, com auxílio do programa bitcomet. É um filme raro, disponível pra venda no site da Amazon (http://www.amazon.com/Capricorn-One-Elliott-Gould/dp/0784011540).


Um comentário:

  1. Oi Lula,

    Muito boa a descrição do filme, você fala de muitos detalhes. Fiquei com vontade de assistir!

    Legal você ter indicado onde encontrá-lo.

    ResponderExcluir